30/11/2014 - 07:00 - Sexta feira- Londres
- Bom dia mulheres da minha vida. - falei me sentando e pegando uma maça.
- Nossa! Eu também sou uma das mulheres da sua vida? - Lisa falou sorridente.
- Claro! Você é tipo, minha segunda mãe. - falei e beijei a bochecha dela.
- Hum, que bom, vejo que acordou feliz hoje, é por causa da viajem?
- Errou! É porque hoje é o ultimo dia de aula. Tenho que ir meus amores, tchau.
- Ela não toma jeito. - minha mãe disse. - Tchau.
- Tchau minha linda.
Sai de casa, peguei meu skate e fui direto para a escola, eu não tenho muitos amigos, na verdade eu só tenho dois, Pedro, que é meu vizinho, mais já está viajando e está de férias, e Isadora que estuda comigo. Quando cheguei na escola, avistei ela junto do portão e fui falar com ela.
- Bom dia amiga.
- Bom dia. - ela falou sorridente- Vai viajar amanhã?
- Vou viajar hoje, minha mãe está me obrigando a ir para Munique passar essas férias com o meu pai, e com a família dele.
- Que também é sua família. - ela completou.
- É. E você?
- Bom, eu vou para o acampamento esse ano também, e quando eu voltar, vou passar um tempo no Colégio de Ética na frança.
- Nossa! Já estudo o ano todo, estudar nas férias deve ser castigo.
- Mais são ordens da minha mãe.
- O sinal bateu, vamos entrar?
- Vamos.
Nós entramos e fomos para sala, hoje graças a Deus eu não fui pra diretoria, e fomos liberados mais cedo. Cheguei em casa e minhas malas já estavam arrumadas.
- Nossa, tá me expulsando de casa é?
- Não filha, mais o único voo pra Munique que tem essa semana sai hoje daqui 40 minutos.
- O.k, vou me arrumar.
Subi as escadas correndo, vesti um Short preto, uma regata branca, minha jaqueta de couro preta, coloquei um All Star e desci. Coloquei minhas malas no carro e entrei no banco de carona, minha mãe foi chorando o caminho todo, quando cheguei no aeroporto, Lisa estava lá esperando agente, dei um forte abraço nela, abracei a minha mãe e desembarquei. Creio que dormi a viajem inteira, mais, que não dormiria escultando Give Me Love? Essa música me da muito sono.
Acordei com uma pequena menina que aparentava ter uns 5 anos de idade me balançando.
- Moça, a mamãe mandou eu te avisar que já chegamos, levanta, se não você vai ficar ai no avião.
- Obrigado por me acordar linda, quase seu nome?
- Karina.
- Hum, Karina. Lindo nome, o meu é Bruna.
- Você é brasileira não é?
- Sou sim, mais estava morando em Londres. Ei, como você sabe que eu sou brasileira?
- Ah, você tem jeito de brasileira.
- Já viu uma brasileira antes?
- Eu sou brasileira. - ela falou sorrindo. - Toda minha família é na verdade.
- Nossa! Que legal, e porque você está aqui em Munique. - falei já saindo do avião com ela.
- Minha mamãe tá dodoi, e ela disse que aqui os tratamentos são melhores.
- O que a sua mamãe tem? - falei preocupada.
- Câncer. - quando ela falou senti um enorme aperto no coração, aquele menininha linda, com um sorriso estampado no rosto, estava com uma mãe doente, caso a mãe dela partir, com quem ela vai ficar, espero que ela tenha um pai.
- Nossas, que pena. - foi a unica coisa que consegui dizer.
- Karina? Karina, cadê você filha? - ouvi alguém gritar e logo um homem e uma mulher vieram correndo até nós.
- Oh minha filha, você está ai. - o homem falou pegando ela.
- Obrigado por tomar conta dela, ela saiu correndo, disse que tinha visto uma moça dormindo no avião.
- Ah, ela me acordou. Obrigada Karina. Mais você me disse que sua mãe que tinha mandado me acordar.
- Eu sei, mais eu pensei que se eu falasse que fui eu, você iria ficar chateada comigo.
- Mais por que eu ficaria? - perguntei
- Porque sempre que eu acordo minha irmã ela fica chateada, pensei que ia ser a mesma coisa com você. - ela falou e agente riu.
- Obrigado mesmo. Eu sou Carlos - o homem falou - e ela é Vitória, minha esposa e mãe da Karina.
- Olá, eu sou a Bruna.
- Você é brasileira não é ? - Vitória perguntou e eu assenti - Nossa. Que legal, nós também somos.
- É a Karina já comentou isso comigo.
- Nossa! Ela fala muito não é?
- Sim. - respondi - Por isso acho que nós vamos nos dar bem.
- Ha ha ha se gostou da nossa filha, tenho certeza que vai gostar de nós, tome, este é o nosso telefone - ele falou estendendo um papel com um número de telefone - ligue para agente qualquer dia destes.
- Obrigado, ligo sim, tome, este é o meu. - falei e entreguei meu número anotado em um papel para eles.
- Obrigado. - os 2 responderam juntos. - Temos que ir, tchau Bruna.
- Tchau, eu também já vou indo.